[ 9.10.09 ]
Grata surpresaTamanha é a quantidade das cantoras ecléticas pelaí que elas já poderiam ser consideradas um grupo demográfico pelo IBGE. O problema é que elas fariam companhia aos operadores de telemarketing, fãs do Raul Seixas e adeptos dos malabares: são muito mais lembrados por encher nosso saco que por qualquer outra coisa. Por isso é que a Céu - que pelo nome ripongo tinha tudo para ser o arquétipo da cantora eclética chata - surpreende. "Vagarosa", seu segundo disco, é provavelmente o melhor lançamento da MPB em 2009. O começo, com um sambinha levado apenas no cavaco, até pode nos fazer imaginar que o disco seguiria pela vala comum das ecléticas em geral, que adotaram o ritmo como delas. Mas quando vemos que o bom sambinha é de autoria da moça e não de algum medalhão "redescoberto", já temos motivo para prestar mais atenção ao que se ouve. E o que se ouve é uma série de belas composições próprias e algumas poucas versões (como cantora eclética que é, não poderia faltar um Jorge Ben das antigas). Arranjos sofisticados, com levadas que vão do reggae à psicodelia e aquela sonoridade meio anos 70 que é altamente moderno nos dias de hoje. E mais importante: tudo muito bem cantado com a bela e segura voz da Céu. Recomendo enfaticamente o disquinho. Para quem se dispor a enfrentar o tempo horrível que se abate sobre o Rio e quiser conferir ao vivo a Céu, ela toca hoje no Circo Voador. Mais um motivo para vê-la no palco? A Céu ainda é uma moça bem bonita.
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