Pior que eu só os políticos...

Pesquisa do Instituto GFK indica que a classe profissional mais confiável no entender dos brasileiros são os bombeiros (vejam a matéria abaixo). Até aí, tudo bem. Os caras são pagos para salvar vidas alheias e arriscar as próprias e isso deve contar um pouco...

O que é impressionante é o resultado para os jornalistas: 5ª colocação, com incríveis 79% de confiança do povo de Tupinicópolis. Ficou a frente, por exemplo, das Ongs a favor do meio ambiente, igrejas e instituições de caridade. Justamente num país em que que todo mundo adora meter o malho na imprensa, em que vários escândalos envolvendo jornalistas já aconteceram e em que até de influenciar resultados de eleições para presidente grupos de comunicação já foram acusados.

Enquanto isso, no resltado geral da pesquisa - realizada em 22 países na Europa e América - os publicitários só perdem para os políticos como classe menos confiável, com apenas 28% da população desses países confiando em seus profissionais. Ou seja: dar mais ênfase às qualidades de determinada marca de sabão em pó em detrimento dos seus defeitos, como faz qualquer vendedor no mundo, gera mais desconfiança que fazer coberturas políticas tendenciosas, ser um paparazzi ou aceitar jabás para escrever matérias que só não são pagas na teoria (porque na prática, qual é o jornal, emissora de TV, rádio ou portal de internet que não tem ligações com empresas com os mais diversos interesses político-financeiros?)...

Eu seria um publicitário muito mais feliz - e bem sucedido - se a influência da nossa profissão na vida das pessoas fosse tão grande e maléfica quanto elas pensam que é.

Responda rápido: o que vocês já fizeram ou deixaram de fazer por conta de uma propaganda?