Síndrome...

Você é daquelas pessoas que sempre associam momentos da sua vida a filmes, livros ou músicas? Daquelas que em algum momento pensaram "nossa! Esse cara escreveu esse filme sobre mim" ou para de ouvir certo grupo ou música que adorava porque eles te fazem lembrar aquele pé na bunda que você tomou?

Então, meu amigo ou minha amiga, você sofre da "SAF" ou "Síndrome da Alta Fidelidade". Quem leu o livro do Nick Hornby (High Fidelity), entende de cara os sintomas: predominância do assunto "cultura pop" em suas conversas, tendência a depressão ao ouvir certas músicas e ver certos filmes, obsessão consumista por discos, livros e revistas, falência monetária de tanto ir a cinemas e shows, náuseas ao ouvir música popular brega, etc.

Essa síndrome não é das mais comuns, se tomarmos como medida a população em geral, mas dentro de um grupo específico de pessoas - pessoas entre 40 e 25 anos, com bom nível cultural - a incidência da síndrome é bem maior, chegando a atingir de 50 a 70% dos membros do grupo.

A SAF não chega a comprometer a convivência entre os enfermos e a sociedade. Mas pode haver problemas com o agravamento da doença: chatice congênita, falta de paciência incontinente com pessoas que não entendem de cultura pop, alcoolismo por "incorporação de personagens" (se o enfermo for fã do Bukowiski, por exemplo), idéia fixa em tentar adequar o gosto musical alheio ao dele, entre outras patologias. Esses casos mais graves precisam de acompanhamento médico.

Ainda não há um remédio eficaz para a doença. Os especialistas no assunto recomendam a terapia ocupacional para minimizar seus efeitos.

Falando de uma forma menos sutil: procurem um emprego e deixem de frescura!