Baianidades...

Já que meu amigo Devagar e Sempre pediu, vou dar só um pequeno exemplo: nesse último sábado fui com uns amigos ao Morrison Rock Bar, na Vila Madalena. O lugar estava entupido de gente, repleto de "pleiboizinhos" e a trilha sonora eram aqueles hard rocks setentistas chatos pra caramba (exceto por uma pequena seqüência de 3 músicas alternativas que o dj mui gentilmente colocou uma hora) o que tornava o ambiente insuportável.

A noite seria "animada" pela banda Noni Brothers que era adequadíssima para o bar: um bando de velhuscos tocando rocks antigos com competência, mas sem um pingo de criatividade no repertório. Foi só a apresentação começar que a "baianidade" - ou "paraibada aí no Rio - tomou conta. Adolescentes bêbados, macacas de auditório da banda e do repertório chavão e coroas com jaquetas de couro apesar do calor carioca da pista, também bêbados, começaram a pular feito uns loucos. Até aí tudo bem...

Só que duas coisas me irritaram profundamente. São exemplos típicos do comportamento "baiano/paraíba":

1) No meio do refrão de "Roadhouse Blues", na parte do "Let it roll, let it roll", um grupo de patricinhas começaram uma coreografia à lá "É o Tchan!" e, levantando seus bracinhos pro alto, davam voltinhas rebolativas...Nada contra as moçoilas - que até eram bonitinhas - mas a dança delas estava mais pra trio elétrico que pruma música dos Doors...

2) Groupies de bandas famosas já são altamente constrangedoras. Agora vocês imaginem groupies de bandas cover...Deprimente, não? No site dos caras, vocês poderão conferir que eles não são propriamente "galãs"...mas não é que tinham umas garotas dando mole pros sujeitos descaradamente? E ver o baixista mandas beijinhos e piscadelas pras moças foi pra lá de embaraçoso...
Tem coisa mais "baiana/paraíba" que ficar excitadinha com qualquer bucha que esteja em um palco?

3) Adolescentes, por onde passam, pagam mico. Bêbados então, nem se fala. Imaginem ver um garoto, dos seus 16, 17 anos, embriagado, dando tapas na cabeça e batendo com os pés no chão como um foragido da APAE, só porque os caras tocaram "Alive" do Perl Jam. Seria hilário, se não fosse tão triste. Depois o cara ainda foi até o vocalista e pediu pra ele mostrar uma tatuagem no braço. Nem o vocalista entendeu! Assim que ele mostrou a figura, o moleque começou a gritar "roquenrrou!!!" e fazer aquele sinal de heavy metal com a mão.
Que futuro pode ter um retardado desses?!?!!?

Não foi só isso, claro. Mas acho que isso ilustra bem o comportamento "baiano/paraíba" que viceja pelaqui...