O preço da nostalgia

Quando eu era moleque colecionava gibis. Depois de mais velho deixei de acompanhá-los, mais porque, para mim, eles perderam a graça, do que por achar coisa de criança. Ainda hoje, as poucas HQs que me interessam eu procuro comprar. A maioria esmagadora de relançamentos de gibis que eu tive na infância e que sumiram.

O problema é o preço. Não que eu tenha a mesma grana que tinha quando eu era o moleque (ela cresceu um bocadinho), mas é que as editoras sempre metem a mão nos relançamentos. Obviamente, o "marquetchim" das editoras sabe muito bem quem é o público alvo dessas reedições e sabe que seu "targuet" não vai se importar muito em ser estorquido para reler as histórias que curtia antanho.

Só que eu não compactuo com isso. Tá certo que as edições muitas vezes são caprichdas, com capas duras, material extra e mais um monte de "pluses" que procuram justificar seu preço de capa muitas vezes abusivo. Mas se antigamente eu não comprava tudo que podia porque a mesada não dava, hoje eu não compro porque acho um absurdo um gibi custar várias dezenas de realetas. Não importa com qual apresentação ela venha.

Aí veio o filme Watchmen. E a reedição definitiva da série (com tudo que tem direito: 450 páginas, material extra, capa dura e o escambau). E lá fui eu gastar sem titubear mais de uma centena de reais num gibi.


No final das contas, não ultrapassei a barreira dos 100 reaus num gibi. Ele saiu por R$94,60...