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[ 4.2.09 ]

Demorou, mas saiu...


Não que seja tão importante (ou seria melhor dizer, NADA importante), mas eis a lista com os melhores discos de 2008 para o Hanz. Seguem sem ordem de preferência. É mais uma seleção do que eu mais ouvi durante o ano passado que um top 10 ou algo do gênero.


Nacionais

É um lugar comum dos mais irritantes falar da diversidade da música de Tupinicópolis, mas em 2008 a variedade de estilos da música nacional falou mais alto. Do metal ao pop, do instrumental ao samba-rock e da psicodelia à MPB mais tradicional, cada praia teve seus destaques.

O som instrumental, esse gênero meio desprezado no Brasil, foi responsável por belos discos como o Artista Igual a Pedreiro, do Macaco Bong, maior frequentador das listas de melhores do ano em 2008, que apesar de as vezes quase descambar pruma fusão de rock farofa/jazz contemporâneo um tanto quanto cabeçuda, conseguiu fazer um disco de rock realmente bom e sem letras (talvez muitos grupos brasileiros se saíssem melhor se não se arriscassem na escrita). Outro disco instrumental interessante foi o Punx, do grupo Guizado. Modernice eletrônica que instiga muito mais que chateia.

Na seara do pop dois discos me chamaram a atenção, justamente por conta da pegada roqueira: o Skank, que há tempos acerta muito mais que erra, largou um pouco as referências Clube da Esquina/Beatles e lançou Estandarte, seu disco mais radiofônico dos últimos anos. Apesar dos vários hits potenciais, Samuel Rosa e sua trupe conseguiu fazer um disco mais pesado do que seu habitual. Outro álbum que gostei foi o Como se Comportar do Moptop. Direto, despretensioso e cheio de melodias assobiáveis, apesar da guitarra pesada dar a tônica. Foi meio ignorado por tudo e por todos, apesar de talvez ser um dos candidatos mais fortes para o trono do indie brazuca deixado pelos Los Hermanos.

E por falar nos Los Hermanos, os dois principais compositores do grupo lançaram trabalhos solo e se saíram bem. Só que o incensado Marcelo Camelo e seu Sou perdeu a disputa para o Little Joy nome do disco que também batiza o novo grupo do Rodrigo Amarante. A mistura de folk e MPB do Camelo é até boa, mas o clima intimista as vezes é exaegrado. Já o LJ do Amarante e também do Fabrizio Moretti (baterista brasileiro dos Strokes) é uma coleção de belas canções indie pop, bem mais próximas da sonoridade dos Hermanos que as do disco solo do Camelo.

Falando da tradicional MPB, eu destacaria o bom disco semi-acústico Macao do Jards Macalé, o terceiro - e prometido último "estudo" do Tom Zé com o seu Estudando a Bossa e o primeiro volume d'O Coração do Homem Bomba do Zeca Baleiro. Correndo o risco de errar o estilo, merece citação também o Chapter 9 do Ed Motta (apesar desse ser o "disco com influência de rock" do sobrinho mais famoso do Tim, segundo o próprio).

Mudando completamente de praia, o metal foi responsável pelo disco que durante mais tempo achei que era seguramente o melhor do ano passado: a reunião dos irmãos Max e Iggor no combo Cavalera Conspiracy gerou o excelente Inflikted, bom de fazer chorar de saudade do Sepultura dos velhos tempos.

Na falta de um lançamento dos Racionais, o Kamau e seu Non Ducor Duco se destacaram no hip-hop brazuca. Seguindo nos ritmos black, o Curumim pegou suas influências "jorgebenjornianas", aplicou um toque de mudernidade nos arranjos (inclusive com pitadas de funk carioca) e com seu "Japan Pop Show fez um dos discos mais animados de 2008.

Outros três discos, mesmo não sendo de todo bons, merecem citação por algumas músicas. O Júpiter Maçã, que >se não tivesse exagerado na mão - e na vontade de fazer um disco dos Mutantes em pleno século 21 - teria feito do seu Uma Tarde na Fruteira um grande lançamento. Ainda assim duas das melhores músicas do ano são dele: "Síndrome do Pânico" e "Beatle George". Outro que merece ser lembrado é o CSS. Seu Donkey não é muito diferente da sua estréia mais ou menos, mas "Rat is Dead" periga ter sido a grande música do ano passado. Dia Santo do Jam da Silva padece daquele mal dos discos de "percussionistas pernambucanos" (só consigo lembrar do Otto, mas ele sozinho já bastaria pra criar o gênero): as vezes o baticum muderno e "pro-mundo-ouvir" é meio cansativo. Mas pelo menos uma o sujeito mandou muito bem com a canção "Mania".

Os internacionais eu falo ainda essa semana...
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