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[ 13.11.08 ]

Passado e futuro...


Foi uma baita injustiça do destino colocar os shows do REM e do Jesus &Mary Chain (esse no Planeta Terra Festival) na mesma cidade e com dois dias de diferença apenas. Mas se o post é sobre o REM, porque falar sobre o J&MC? Porque injustiça do destino?

Porque pra mim foi impossível não comparar as duas bandas ao vivo.

Se o J&MC não fez feio foi principalmente pela inevitável nostalgia que acometeu grande parte do público que acompanha a carreira dos escoceses desde o início. Um olhar mais crítico, livre das lágrimas de saudade pelos anos 80, veria que os irmãos Reid fizeram uma apresentação cansada, que chegou a parecer desinteressada em alguns momentos. Todo o encanto possível no show do Jesus veio do passado.

Não foi o caso do REM. Apesar de ter se formado três anos antes que os depressivos britânicos, o REM fez um show onde não houve o menor sinal de cansaço (isso se não levarmos em consideração o estado físico do Peter Buck, claro). E se também houve momentos nostálgicos e como não haver com uma banda que está chegando às três décadas de atividade? não foi o passado que deu o tom da noite. Stipe, Buck e Mills não esqueceram seu legado, mas mesmo cinqüentões ainda olham para frente e apontam para o futuro.

Claro que o lançamento de "Accelerate" ajudou. Depois de alguns discos meia-boca, o grupo lançou seu melhor álbum pós-Bill Berry e um dos melhores desse ano. E o clima do show não poderia ser outro: rápido, alegre e pesado, como o disco. Michael Stipe continua com o mesmo poder sobre a platéia, a banda está superafiada e o repertório...bom, essa parte écovardia. Além das boas músicas do novo disco, rolaram clássicos como "Fall on Me", "The One I Love", "Everybody Hurts", "Orange Crush", "Losing My Religion" e pérolas não tão cotadas como "Electrolite", "She Just Wants to Be" e a maravilhosa "Sweetness Follows".

Com um Via Funchal cheio na medida certa e uma banda visivelmente feliz por estar diante de um público fiel e empolgado e pelo fim da era Bush não tinha como qualquer coisa dar errado. Foi um show irrepreensível, que prova que o REM ainda tem muito a oferecer, sem precisar abandonar seu passado e sem medo do que o futuro trará.


Nos braços do povo.... Foto garfada daqui
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