Mórbida semelhança

Há pouco tempo foi lançada, com o estardalhaço que a situação sempre exige, a nova logomarca da Companhia Vale do Rio Doce. Até aí, nada demais.

O problema é quando acontece uma coisa dessas:


No topo, a logomarca da Vale, embaixo a da Vitelli

Olinta Cardoso, diretora de comunicação da Vale, diz que as duas marcas não podem ser consideradas iguais e dá como uma das razões o fato de que a fonte usada para escrever o nome Vale na nova marca foi criada especialmente para a empresa. Que a "fonte criada" seja muito parecida com a usada no logo da Vitelli não parece ter muita importância para ela. Ela também não comenta o cone muito parecido nas duas marcas (isso sem falar na estranhíssima "coincidência" do efeito de reflexo em ambas).

Apesar de afirmar que as marcas são iguais, Olinta usou o argumento de que "o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) apenas proíbe que marcas semelhantes sejam usadas somente no mesmo setor". Ou seja: não são iguais, mas semelhantes.

A Vale gastou 50 milhões de verdinhas para atualizar sua marca. A diretoria deve estar se perguntando se vale gastar tanto pra ter uma cópia.